sábado, 13 de fevereiro de 2010

Entrevista de Robert para a Details


Amados,
Depois de todas aquelas imagens que vimos hoje do shoot de Rob para a revista Details, agora vamos a entrevista, o que o rapaz disse à edição de 10 anos da revista.

  • O garoto perdido
Robert Pattinson se angustia com sua grande sorte, lamenta a passagem da pornografia dos anos 80, sonha em ser apalpado por uma elefanta – de novo – e nos deixa pensando sobre como um intensamente prudente rapaz de 23 anos que é incapaz de se localizar em sua própria cidade natal pode possivelmente navegar na loucura do estralato.
  • Café
É o insanamente frio novembro de 2008 quando vou ao Bowery Hotel, em NY. Há um jovem sentado no jardim, envolvido em cerca de 9 suéteres pretos e usando um chapéu de lã, fumando cigarros, girando um copo de café com leite quase do tamanho de sua cabeça e furiosamente fazendo anotações em um roteiro em um amargo frio. Eu tinha lido sobre garotas adolescentes se aquecendo com fogo do lado de fora de seu hotel, mas nesse momento, Robert Pattinson está aquecendo suas mãos com um copo de café.
“Oi, eu sou Jenny. Acho que estou aqui para que você possa me avaliar.”
“Ok. Eu sou Rob. Hum… Você gostaria de batatas fritas? Com molho?”
Allen Coulter, o diretor de Hollywoodland e uma força criativa por trás de Os Sopranos, me enviou. Ele estava pensando em fazer este filme – ou estava certo, mas eu deveria “ir conhecer o Rob”.
Quando Rob veio para os EUA, ele dormiu no sofá de seu agente e depois conseguiu um papel pequeno em um filme chamado “Harry Potter e o Alguma Coisa de Alguma Coisa”, que rendeu aproximadamente 900 milhões de dólares no mundo todo. E depois ele fez um outro, chamado Crepúsculo, que rendeu 385 milhões de dólares de bilheteria e mais 200 milhões em vendas de DVD nos EUA.
Os milionários das bilheterias, assim como grande parte da população feminina deste planeta, o seguem de continente a continente, nutrindo uma feroz paixão.
Coulter sugeriu que eu fizesse alguns trabalhos de reescrita para Remember Me (só para constar, há apenas um roteirista creditado, Will Fetters), o primeiro lançamento americano em que Rob interpretará um mortal, não-mágico, com base de carbono, do reino da Terra – Salvador Dali, que ele interpretou em Little Ashes, certamente não entra nessa categoria. Enquanto Rob faz inúmeras anotações nas páginas de seu roteiro, está claro que ele está começando seu próprio processo de revisão.
O rosto de Rob está constantemente ocupado – especialmente seus olhos caleidoscópicos, que estão continuamente revirando e dilatando, porque ele está sempre pensando. Ao longo do curso do café com leite, ele contempla Jimi Hendrix, batatas fritas, garotas, arte, cerveja, seu primo o filósofo, garotas, a verdade, Deus, seu cachorro, garotas, e se a perseguidora dessa semana o seguiu de LA. Acho que ele não conseguiria desligar seu cérebro se ele quisesse.
Apesar da legião de fãs o seguindo de hotel em hotel, formando barricadas como o exército romano, ele não tem medo nem é pedante – ele é faminto, curioso, eternamente numa busca intelectual. Isso pode não soar como grande coisa, mas pense no contexto: pessoas completamente estranhas querem transar com você, atirar em você, ser você, comprar você, vender você, correrem seus dedos pelo seu cabelo, assistir a você fazendo sexo, ouvir você fazer xixi, comer batata frita com você, e te sequestrar e enfiar você no porta-malas do carro deles. E você? Você deve saber mais, mais, mais sobre exóticas doenças tropicais.
Rob e eu descobrimos que compartilhamos uma fascinação mútua por males que mutilam, desfiguram e enojam. Ele menciona estomatite gangrenosa, na qual a bactéria vai comendo o seu rosto até que você tenha uma espécie de janela na lateral da sua cabeça e o mundo todo veja seus dentes. Eu menciono síndrome do vômito cíclico, uma condição em que você vomita literalmente o tempo todo. Ele se delicia com elefantíase, em que vermes parasitas entram pelos seus nodos linfáticos e podem fazer suas bolas incharem do tamanho de melões, forçando você a carregá-las para lá e para cá num carrinho de mão. Nós trazemos à tona um filme sucesso de bilheteria chamado Infestação de Candiru, sobre um minúsculo peixe nada para dentro da sua uretra, penetra em seu trato urinário e se aloja em seus testículos com espinhos no formato de uma sombrinha aberta que ele dispara de sua espinha.
“Puta que pariu! Brilhante! Podia ser tipo Procurando Nemo!”, Rob diz, “E o pequeno candiru está perdido nos testículos! Pense na trilha sonora!”
  • Cerveja nº 1
Quatorze meses depois, estamos em Londres. Lua Nova, o segundo filme na saga Crepúsculo, quebrou recorde de bilheteria por maior arrecadação à meia-noite e maior arrecadação no dia de estreia. Remember Me, o drama-do-jovem-em-crise de Rob está finalizado. Ele tem 24 horas antes de ter que começar os ensaios de Bel Ami, baseado no romance de Guy de Maupassant, no qual ele interpreta um alpinista social que usa a cama como corda.
Ele está esperando para me pegar no bar do meu hotel. Ele pediu um canecão de cerveja para ele, e lembrando da minha bebida preferida, uma coca diet para mim. Ele tem os modos adoráveis de um bom filho de uma boa mãe.
Ele diz que quer me levar a um restaurante particular ali perto, “só um lugar meio escondido”. Tão ‘escondido’ no fim das contas, depois de rodar por quase todo o Covent Garden, não conseguimos encontrar. Ele não parece tão surpreso, na verdade. Nos últimos tempos, ele tem se perdido muito em sua própria cidade natal. Mas, também já fazem alguns anos que ele morou aqui de verdade, e Londres é infernalmente confusa de todo jeito.
Considerando as alternativas, damos uma espiada num café lotado, cheio de jovens bonitas, mas ele se recolhe. Poucos minutos mais tarde, quando entramos em um minúsculo lugar mexicano, sua guarda baixa um pouquinho. Hum… Pergunto se, a esse ponto, ele é capaz de farejar fãs enlouquecidas se escondendo debaixo das mesas.
“Sim, com certeza. Mas da última vez que vim aqui, o guacamole estava ruim.”
Rob não fez nenhuma concessão de vestuário ao inverno britânico mais feio dos últimos 30 anos. Uma jaqueta leve tipo Carhatt desabotoada, sem luvas. Ele de fato tem um chapéu, talvez o mesmo que ele usava em NY. Estou empacotada como o homem da Michelin e estou morrendo de frio. Ele está relaxado, bem humorado, rindo à vontade. Me ocorre que Londres parece oferecer a ele uma liberdade que ele não tem em NY ou LA. E uma noite londrina com ruas desertas e cobertas de neve depois de uma épica tempestade de neve que paralisou Heathrow e desligou os trens Eurostar é como um brado de liberdade em meio à vigilância policial.
Sem tentar, chegamos de volta ao ponto de partida, em frente ao Covent Garden Hotel. Do outro lado da rua, há um grande sex-shop de objetos sexuais e bondage chamado Coco de Mer. Menciono que entrei lá mais cedo (antes da National Gallery, obrigada) e conto a ele sobre esse insano equipamento SM que eles têm que te permite se vestir como um cavalo e ter um longo rabo.
“Isso é tão inglês. Quero fazer essa entrevista inteira usando isso, de um ponto de vista equino.”, ele diz, se movendo na calçada com patas imaginárias. “É sério. Como um experimento sobre percepção pública. O lugar ainda está aberto?”
  • Cerveja nº 2
Estamos no interior, num canto aquecido do Brasserie Max do hotel, e Rob está tomando outra cerveja. Estamos falando sobre como ele lida com tudo. “Quando eu tinha 17 anos, até não sei, 20, eu tinha essa massiva confiança sem fundamento. Esta ideia muito clara de mim e como eu iria conseguir o sucesso, que envolvia a tomada de decisões. Eu me via pegando o telefone e dizendo: ‘Absolutamente não’ ou ‘Definitivamente sim “. Tendo controle. Exceto que você tem que descobrir se a maneira que você pensa com 19 ou 20 tem qualquer valor. E eventualmente entendi, com todo aquele controle, o que era provavelmente ilusório, que eu não estava progredindo. Então agora eu estou me curvando um pouco. Vou ficar um pouquinho nu. Exceto esta noite eu não vou, porque está congelando e minhas bolas vão encolher. ”
Ele pode manter suas bolas cobertas no inverno, mas Allen Coulter diz que durante as filmagens de Remeber Me, Rob realmente se despiu: “Estava sob controle, para ele, no começo. Mas ele queria transmitir mais movimento do que ele queria se proteger. Realmente corajoso, especialmente para um jovem com um grande alvo em suas costas.”
Rob realmente parece estar ansioso para tirar um pouco a roupa, soltar as rédeas.
“Vamos lá ver aquele equipamento? Sério, você acaba percebendo que você não pode tomar todas as decisões. Eu estava sempre guardando, sempre protegendo alguma coisa. Ao mesmo tempo, eu parecia estar perdendo a capacidade de me movimentar. Eu tinha me protegido dentro do xeque-mate. Até mesmo mentalmente. “
Nesse momento, ele tem uma epifania: “Eu mal posso lembrar os dois últimos anos. Não como uma névoa de festa ou algo parecido. Só… Tem sido uma loucura.”
Houve coisas surreais. Como a vez em um evento beneficente em Cannes, quando duas mulheres deram um lance combinado de quase 60.000 dólares para que Rob desse um beijo na bochecha de suas filhas.
Houve coisas assustadoras, embora a idéia de que ele podesse realmente estar em risco soa para ele como absurda: “Acho muito engraçado – se eu levasse um tiro, eu literalmente ficaria histérico. Eu ficaria tipo, “Você está falando sério? G-zuz, pegue o Zac Efron! Ele tem maior relevância social do que eu.”
Ele tem certeza de que houve algumas coisas boas, também. “Teve essa vez com alguns elefantes num campo de golfe em Barcelona…”
Ele se perde em um devaneio. Ele fica surpreso com facilidade, e no momento ele está afixionado no misteriosos tira-gosto verde do bar. Eles são mais ou menos como ervilhas wasabi, mas não são. São cobertos de chili em pó e se parecem com tumores pequenos. Ele está comendo um por um.
“PQP, isso é bom. O que é isso? Eu quero cheirá-los – eles limpariam minha sinusite. “
  • Cerveja nº 3
A fome de Rob é mais do que meramente metafórica. Ele pede duas entradas, os mini hambúrgueres com tomate e cebola e os hambúrgueres de frango com molho de manga, juntamente com outro canecão de cerveja. “Eu como tanto, sou tipo como um comedor compulsivo. Tenho comido o serviço de quarto, e eu sempre estou realmente preocupado com isso, então eu escolho tipo umas seis coisas do menu e como tudo”.
Ele não quer perder nada, o que implica uma pitada de arrependimento. Ele nem sempre quis ser ator. Ele trabalhou como modelo. Ele é um talentoso guitarrista e tecladista que brincava de seguir sua irmã mais velha Lizzy na música pop. Mas ele é um tipo sério, e as suas aspirações mais sérias envolveram escrita de discurso político. “É fascinante. Você tem dois ou três minutos para afetar as pessoas. Fazê-los te ouvir. Passar a mensagem e talvez ela ecoará. Eu gostei até bastante de fazer a divulgação de imprensa do primeiro Crepúsculo, porque havia uma semelhança. Mas depois de pouco tempo eu estava guiando tudo. Se você quer que as pessoas te ouçam, é melhor você ter algo a dizer. Eu senti a responsabilidade de ser fascinante. Você está negociando com a platéia. Será que isto é suficiente para eles? E isso afeta a maneira como você encara a arte."
Arte. É ilógico pensar que ele está proibido de ter idéias sobre isso só porque ele tem ajudado muita gente fazer muito dinheiro.
“Antes, eu me sentia como se eu não pudesse me libertar de nada, inclusive de mim mesmo. E agora parece que eu escalei ao lado do meu cérebro e estou, pelo menos, olhando para dentro. Mas eu sei que vai levar pelo menos mais 10 anos antes que eu esteja remotamente satisfeito com alguma coisa que eu faça. Mas com a atuação, você continua tentando, na esperança de que você possa ser… excelente. Mas então eu penso, querer ser bom ou mesmo ótimo, ou mesmo apenas querer fazer arte, empobrece a experiência? ”
Tenho medo de que a cabeça dele vai explodir. Ele responde a perguntas com perguntas. Portas se abrem para mais portas. Isso às vezes leva a problemas com os roteiros: como ele vê os pontos de vista de todos os personagens, muitas vezes ele precisa de algum tipo de destilação. O problema é que a menos que a destilação de alguma forma abranja a essência de cada personagem, isso só faz com que sua imaginação dispare mais descontroladamente. É o coisa da visão-caleidoscópica.
Algumas pessoas podem ter o oceano na frente delas e só colocar seu dedão do pé dentro. Rob quer nadar até que ele se afogue, e vai tentar beber tudo antes de afundar. Seu esforço é uma fonte de preocupação, porque ele realmente não pode dizer a ninguém que ele quer mais: “Por favor, não diga algo sobre mim reclamando. Por favor. Eu sou filho da mãe mais sortudo do planeta.” Ele se preocupa de poder ser egoísta. Ele se preocupa por talvez ser um nerd-separatista-não-humano, porque seus momentos mais profundos foram com seu cachorro. E ele se preocupa em saber se ele pode ser um ator que pode atingir as massas e ainda pedir qualquer coisa.
“Se existir lá fora, essa coisa de invisível-ideia-de-espírito-criativo, então este é o meio através do qual ele viaja para que todos possam tocá-lo. Mas… o que lhe dá o direito de ser o meio? O que lhe dá o direito de reclamar disso? E então arranjar um agente e dizer eu quero 20 milhões e um cesto de frutas para ser o meio, muito obrigado.”
Como ator, você pode elevar a condição humana ou empobrecê-la. Eu diria que o mesmo acontece com qualquer coisa que você faça – você tenta elevar e talvez um dia você consiga.”
Um ator pode realmente ter a capacidade de levantar-nos, mas Rob inconscientemente começa a falar em voz baixa a cada vez que pronuncia a palavra ator ou qualquer variação da mesma.
“Rob, você sabia que toda vez que você diz ator ou atuação você abaixa sua voz a um sussurro?”
Ele fica genuinamente espantado. “Eu abaixo?”
Sim, tão silenciosamente que é como você estivesse dizendo “preto”.
Ele ri, se ilumina. “E se nós estivéssemos ‘atuando’ como ‘pretos’? Então a gente ia estar fodido, não conseguia ouvir nada…”
  • Cerveja nº 4
Rob pede ao garçom outra cerveja. Ele está falando de um tio que trabalhava em uma usina siderúrgica na cidade de Yorkshire, em que seu pai cresceu. O pai de Rob e seus outros tios se mudaram assim que tiveram idade o suficiente, mas o irmão mais velho ficou lá toda a sua vida.
“Eles estão intimidando, ruas inteiras de casas. E meu pai perguntou a ele: ‘Por que ficar?’ Ele disse: ‘Quem vai cuidar da nossa mãe? “E eu estava pensando, puta que pariu, deve haver algo errado com a minha visão emocional, porque eu não tenho certeza se eu poderia fazer esse tipo de sacrifício. A única ligação emocional de relevância é com o meu cachorro. Meu relacionamento com meu cachorro, é ridículo.
“Eu acho que você precisa para ser capaz de romper com o que você pensa sobre si mesmo para tentar fazer qualquer tipo de arte. Eu costumava tocar música o tempo todo, e a parte mais maravilhosa era a liberdade que vinha de chutar a minha própria bunda, me soltar, e me surpreender.”
Ele tentou se soltar um pouco com o ensaio fotográfico que acompanha esta entrevista – não foi fácil.
“Eu realmente odeio vaginas. Eu sou alérgico a vagina. Mas eu não posso dizer que eu não tinha idéia, porque era um ensaio de 12 horas, então você meio que prevê que essas mulheres vão ficar nuas depois, tipo, cinco ou seis horas. Mas eu não estava exatamente preparado. Eu não tinha ideia do que dizer a estas garotas. Graças a Deus eu estava de ressaca.”
Sua mãe vai ter algo a dizer sobre isso?
“Oh, Deus.” Ele coloca a cabeça entre as mãos, dá de ombros. “Bem, ela até que gostou bastante quando eu dei TV a cabo para ela.” Não é que a mãe de Rob agora passa a noite toda assistindo Skinemax em sua casa em Londres. “Não, não! Deus, não! É só que tem nudez em todo o lugar agora. Mas esse ensaio, é meio nudez dos anos 80, sabe? Se você olhar a pornografia, tipo, na década de oitenta, havia uma espécie de curiosidade sobre o assunto, muito doce, como uma pequena comunidade de nudez. As pessoas que faziam isso gostavam, tinham respeito por ela. Nem remotamente parecido com a pornografia que está disponível agora. Não há como comparar isso de jeito nenhum. É simplesmente tudo em todo lugar.”
  • Doces
No Reino Unido, confetes são feitos de chocolate e são tipo como M & M’s em cores esquisitas como lilás e azul-petróleo, mas de alguma forma mais deliciosos. Rob não é realmente um cara de sobremesa, mas ele rapidamente devorou meu último pacote de confetes. “Maravilhoso. Eu já comi uns 5.000 desses. Ta vendo com o que você tem que lidar?”
Em Remember Me, ele interpreta um cara cujos problemas são estranhamente similares aos seus. Tyler é um jovem que se recolheu para dentro de si, mas depois ele conhece uma mulher, entra em conflitos, e tem que escolher se quer permanecer isolado ou se lançar na vida e no mundo.
“Tyler é tão consciente de suas ações. Mas ele não tem nenhuma ideia se elas valem alguma coisa. Você pode ser uma pessoa, se você vive na bolha? Ele está encurralado no meio. Ao mesmo tempo, ele tem sorte por ter a escolha. Conflito é inato em uma pessoa de sorte.” O que te atraiu para o papel?
“Eu sou uma pessoa de sorte. Graças a Deus. E eu sou conflituoso. Graças a Deus.”
Ele me conta sobre um livro que leu chamado Eat the Rich, de PJ O’Rourke (informação completa: PJ foi casado brevemente com a minha irmã, embora Rob não tivesse a menor ideia). Ele foi atraído para uma parte que diz algo como: a riqueza de um homem não significa a pobreza de outro homem e vice-versa. Rob fica ligeiramente envergonhado de dizer essa ideia em voz alta.
Ele não tem certeza se sente-se culpado, se regozija-se, ou ambos. A questão é, não existem regras para uma vida tão extraordinária quanto a dele está agora.
Ele me conta uma história de um elefante. Não aquela dos elefantes de Barcelona – uma sobre alguns que ele conheceu recentemente na Califórnia.
“Você sabia elefantes ronronam? É completamente assustador se você não sabe o que é. Eles ronronam como gatos, mas as cabeças são tão profundas que eles soam como velociraptors. Você sente no chão sob seus pés.”
“Então, esta fêmea grande começou a cheirar o meu pé – elefante fêmea grande, quero dizer. Ela cheirou com tanta força que ele subiu para fora do chão como se sua tromba fosse um aspirador de pó. Então ela tomou meu corpo inteiro em sua boca. Eu estava segurando a cabeça dela, e quando eu fui soltando lentamente, ela apertou mais com muito cuidado até que eu fiquei de cabeça para baixo na boca dela e ela ficou passando por meus bolsos com a sua tromba, procurando balinhas de menta. Foi o melhor dia da minha vida.”
Então você desistiu do controle para uma elefanta, foi apalpado, assaltado, teve suas balinhas roubadas – e isso foi glorioso?
“Sim. Tão bonito que você não pode imaginar. E o bebê elefante estava tão animado que ele correu para fora e fez a sua trajetoria em cinco segundos e em seguida, fez reverência a todos. Foi realmente muito engraçado. Brilhante. Sabia que eles também podem fazer imitações de outros animais? Um cavalo, uma galinha, um macaco – estes elefantes podiam, de qualquer maneira. Eles eram elefantes de filme. Um tinha escrito um roteiro, e um realmente queria dirigir”.
Ele ri. Ele estava em Los Angeles, em discussões para estrelar com Sean Penn em Água Para Elefantes, uma adaptação do romance de Sara Gruen. Os elefantes são atores como ele, e ele se pergunta se ele poderia, em algum nível cósmico, ser um pouco como eles.
“Você sabe como eles morrem? O cara dos elefantes me disse que seus molares caem por comer madeira, mas se regenerar, tipo, seis vezes. E depois disso eles lentamente vão morrendo de fome. O que é triste, mas que também deve ser o que lhes dá tempo para chegar ao cemitério de elefantes. Eles são criaturas inacreditavelmente projetadas.
“Quero dizer, as pessoas ficam por aí tempo demais. Se eu soubesse que quando os meus dentes caíssem era isso… Uau.
“O melhor dia da minha vida. Dia muito muito bonito.”
Alguns momentos depois, Rob anuncia que vai pegar um táxi para casa e se desculpa.
Posso levá-lo até lá fora? Eu não gosto de você indo lá fora sozinho!
“Eu vou estar bem.”

E aí... o que vocês acharam de todos os depoimentos?
Eu amei cada palavra, podemos ver o quanto Rob vai levando a entrevista como se fosse algo altamente intimo, cada palavra que soa desconexa é como se ele tivesse tirando uma peça de sua roupa, não digo do se despir apenas das roupas que podemos ver, e sim, ele se despe de toda e qualquer proteção de sua alma!!!
Lógico que sempre com todo seu bom humor peculiar!!!
Bjos

5 comentários:

  1. Foi uma experiencia muito interessante ler essa entrevista!Ri muito em varias partes e o Rob é muito intessante, mais que perfeito realmente, não que eu não ja soubesse disso!Por que eu não nasci em 1984 e de preferencia visinha dela e muito ,mais muito amiga dele!

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  2. cara,o rob é hilárioo...imagina ser amiga dele???
    raxeei muitoO com essa entrevistaa!!!
    bjooos

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  3. POIS É SARINHA... AO MESMO TEMPO QUE DEVE SER OTIMO... DEVE SER MEGA CONFUSO JÁ QUE O MOÇO É HIPERATIVO... E VIAJA SOBRE TUDO... DEVANEIA... EU ADORARIA ATÉ PQ EMBARCARIA NAS VIAGENS DELE!!! HAHAHA
    BJOS

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  4. CARACA MANO, ELE É REALMENTE UMA FIGURAÇA, HAHAHA!
    Só não gostei qdo a entrevistadora diz Harry Potter e o Alguma Coisa de Alguma Coisa, pq amo HP de paixão 4ever e foi nesta saga q comecei a venerar Rob!
    No mais tudo perfect, ele é mesmo maluquinho e hiperativo, hehehe

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  5. Aff! Ah, nem tão perfect!
    Q alergia brava hein?
    Como é q a gente vai acreditar em Robsten, depois dessa?
    Tô brava c/ ele!

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